Diversidade de Pensamento
Sabe bem a diversidade de pensamento. O desagrado vem da sua primeira aparição. Causa estranheza. E da estranheza vem a indecisão. A verdade dá lugar à questão. E da verdade vem a diferença. Porque nem tudo o que é diferente é falso. Aliás, tudo o que é tem de ser verdade.
Na verdade apresenta-se a diferença, na diferença apresenta-se a diversidade. Na diversidade apresentam-se todas as opções. E de opções somos apresentados a melhores realidades. Da possibilidade de realidade vem o pensamento. Sabe bem essa diversidade, da diversificação de pensamento e de questões.
Mas nem sempre sabe bem pensar. Pensamos nas piores realidades. Pensamentos esses predispostos pois existe essa possibilidade. Na possibilidade existe a duvida. Devo ou sequer mereço esta duvida?
Questões maiores como o livre-arbítrio e o racionalismo se levantam, investigando a causa e ação da questão. Deixemos o racionalismo de parte e o livre-arbítrio sossegado para nos importarmos na questão primordial.
Pelo menos por agora,
Um dia destes - ontem, mas para vós é igual - discutia com um amigo de longuíssima data a razão intoxicada de uma rotina. Ambos muitíssimo contra esse conceito com medo de cairmos no pior dos afazeres. Tínhamos medo de saber o que é ser reconhecido em algum lado. Nunca fomos os maiores apologistas daquelas cenas à filme de chegar a um café e tratar a empregada pelo nome respondendo de imediato "já sabes" quando a mesma aponta para a máquina de café e para o pastel de nata à frente.
Não gostamos da dúvida implantada "e se deixar de lá ir". O mais engraçado é que foi num café que eu frequentava quase diariamente e com todos os meus amigos. Regularidade havia e realmente caí nesse nicho de pessoas que cosmopolizam o ato de beber café - ou mesmo o de confraternizar.
A dúvida implantou-se devido ao facto de eu ter receio do abandono. Sim, eu sei. Deep.
Mas a verdade às vezes esconde-se nisso: num café com um amigo de sempre. E nesse pensamento inconsciente de desejar ser desejado eu acabava a adorar o sitio. Com o desenvolver da minha pessoa, multiplos estabelecimentos, pseudo-relações e abandonos depois cheguei à conclusão que não é o que quero com medo que se repita. A ideia foi boa, ainda desejo a atenção - mas não desejo o consequente.
Às vezes a ideia primordial é boa mas é suplantada por algo mau - uma ideia, um passado, uma história contada. Devemos avaliar a importância dessa mesma ideia e desenvolver a partir daí. Boa sorte!
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