Devilman

 Sabem... acho que chegamos inevitavelmente ao nosso pico de existência enquanto civilização ou estamos a chegar a uma depressão cultural. Qualquer um dos supra citados merece ser reconhecido com perigoso e necessário. E cheguei a esta conclusão há pouco tempo quando li a obra de Go Nagai, Devilman. Entre muitas coisas, esta obra redige e apaga a linha entre seres demoníacos, territoriais, fortes e violentos e os humanos. Nessa obra existe um conflito negacionista por parte dos humanos em admitir a sua natureza de união e de intelecto. Preferem fugir e agir de forma irracional contra até aqueles que os tentam proteger - os Devilman. Não querendo ir tão longe ao ponto de tocar sequer no imaginário histórico, mas chegamos ao ponto de não confiar no que vemos, ouvimos ou sequer sentimos. Claro que isto a nível pessoal nos vai tornar mais capazes, mas delimita a nossa capacidade de entender a génese da humanidade.

Coisas como a compaixão, a união, a formação moral focada no próximo são ideais de elitismo. O comum do mortal já não pensa assim - ou, acredito eu, sequer pensou. Mas vivíamos em tempos de filantropia onde ajudar o próximo vinha seguido de uma ação planeada de ganhar reputação, notoriedade, franca fortuna daquele que foi ajudado. Tudo por likes e aceitações de grupo. No entanto, grupos mais centrados na ajuda estavam a ser escrutinados e analisados até ao tutano para uma delimitação de valores. Estamos num mundo onde é mais aceitável a ajuda a troco de exposição do que a ajuda em si. A filantropia é uma prática normal, a misericórdia passou a ser elitismo. 


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